As organizações são reflexos da sociedade. Elas acompanham o seu desenvolvimento e estabelecem modelos organizacionais que variam de acordo com o tempo, espaço e estágios da consciência humana que estão inseridos.
Frederic Laloux, em seu livro “Reinventando as organizações”, trouxe quatro modelos organizacionais e os classificou, para melhor entendimento, em cores e paradigmas.
O primeiro modelo organizacional, segundo Laloux, teria surgido com as guerras, em torno de dez mil anos atrás, formado pela imposição constante do poder por chefes de exércitos e ele o denominou modelo “Vermelho”.
O medo, a violência e a hierarquia mantinham as tropas na linha e dava liga a esse modelo organizacional, havia evidente divisão de trabalho e uma autoridade no comando. Nos dias de hoje esse modelo só prospera em ambientes caóticos, como em períodos de guerra, ou ilegais, como em gangues e máfias.
O paradigma é a impulsividade, pois reagia às situações de conflito, não havendo nesse modelo gestão, estratégias ou planos de desenvolvimento.
As organizações, na sequência, se desenvolveram através dos papéis sociais e da burocracia, classificadas como modelo “Âmbar”. Permanece a hierarquia, mas de forma organizada, piramidal e estável. O comando vem sempre de cima para baixo e qualquer decisão ou mudança passa por um processo burocrático e rigoroso.
Nos dias atuais, ainda vemos organizações com esse modelo, como as forças armadas, escolas e agências governamentais. Seu paradigma é o conformismo, pois as pessoas seguem o processo sem questionamentos.
A revolução industrial traz à tona o paradigma realizador, as organizações objetivam vencer a concorrência, atingir lucros e crescimento através da gestão e inovação, modelo nomeado “Laranja”.
Esse modelo, por valorizar a gestão e a inovação, em sua maioria, rompe a hierarquia piramidal estabelecida anteriormente. A gestão é realizada por objetivos, dividindo através da meritocracia, o poder e a responsabilidade do crescimento da organização entre todos.
Como valoriza a inovação, o controle está apenas na definição dos objetivos, deixando aos integrantes, a liberdade de como alcançá-los. Podemos identificar esse modelo nas companhias multinacionais e escolas autônomas.
Não por fim, pois o desenvolvimento das organizações é dinâmico, recentemente vem se propagando um modelo da cultura orientada por valores e propósitos inspiradores, modelo chamado “Verde”.
Esse modelo traz o paradigma do empoderamento. Os integrantes, através de ferramentas e metodologias de gestão, são motivados e inspirados a serem protagonistas de suas histórias e carreiras, despertando um sentimento de pertencimento, família!
Nessas organizações, os gestores são selecionados com base na sua mentalidade e comportamento, devem possuir competências de liderança, estar comprometido com o desenvolvimento de seus liderados, motivá-los e inspirá-los constantemente.
Em uma era que a cooperação veio para ficar, pós-pandêmica, onde somos levados a refletir o valor da vida, das nossas relações e do trabalho, “quando a liderança genuinamente atua a partir dos valores compartilhados, você encontra culturas incrivelmente vibrantes nas quais os funcionários se sentem apreciados e empoderados para contribuir”.
Os resultados são comprovadamente espetaculares, pois assim como os valores, os resultados e sucesso são compartilhados e estáveis!
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