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Entregando o ouro: as melhores práticas e tecnologias para Departamentos Jurídicos.

Por Juana Novais

 

Na virada de ano, em meio ao réveillon, vestindo roupa branca, pulando ondas e ouvindo fogos, a gente faz várias resoluções de ano novo, né? Escreve a lista no notes do celular ou no bloquinho de papel e vai para a vida!

Dia 01, tudo novo de novo (ou não)! Na minha lista de resoluções de 2024, prometi várias coisas para mim mesma. Em meio às clássicas promessas de exercício físico, boa alimentação e tempo com a família… também prometi estar mais inserida nas interações AO VIVO através da minha profissão.

Eu explico:

O Direito tem migrado muito para o digital desde 2020, quando vivenciamos a Pandemia (sim, já se passaram quatro anos!). Desde então observei que minha convivência profissional migrou muito para o mundo virtual, consequentemente.

Pontos bons? Diversos. Liberdade geográfica, possibilidade de trocas de conhecimento com colegas que estão em outros continentes e participação em diversos fóruns on-line.

Pontos negativos? Bom, sou colunista na área de “inovação e tecnologia”. É colocar a corda no pescoço se eu apresentar os pontos negativos de tanta migração para o tech? É tiro no pé se eu tiver atraído você até este texto com o título mais buscado no momento via Google?

Vou arriscar.

As melhores práticas e tecnologias para Departamentos Jurídicos seguem sendo: pessoas.

Recentemente, assisti a uma palestra do Marcelo Natale e seu time. Naquela manhã, ele explicou sobre a tríade ideal para uma abordagem integrada dentro da área de Legal Ops no departamento jurídico. Marcelo listava a fórmula:

[Pessoas vocacionadas + Processos integrados e eficientes + Tecnologias aderentes]

Os slides passavam e aquelas palavras soavam como música para os meus ouvidos. Um time que lista itens fundamentais e começa por…pessoas. São esses os profissionais que gosto de ouvir.

Marcelo explicava: “Por mais que estejamos no momento mais hype de tech e IA, as pessoas e suas habilidades são o diferencial.”

Concordei firmemente com a cabeça e fiz a nota acima (com papel e caneta num caderno, com o perdão da geração Z).
Mais tarde, voltei para casa – eu, meu caderno e minha lista de resoluções de ano novo – e comecei a pensar que toda semana tenho lido sobre este tema com as mais diversas abordagens: melhores práticas e melhores tecnologias em nossos departamentos jurídicos.

Não vai existir receita de bolo aqui, mas sigo acreditando que as melhores performancessão aquelas que causam sensações de eficiência naqueles que aplicam (operadores de Legal Ops ou criadores da ferramenta) e sensações de resolução naqueles que são beneficiados pelas práticas e ferramentas (clientes finais/intermediários).

E por “resolução” aqui entenda de forma bem ampla: nem sempre a questão é resolvida em sua integralidade ali, na hora, “on time”. Mas há transparência, há clareza do que está sendo feito e principalmente: há comunicação.

Complemento minha não-receita-de-bolo dizendo: os aplicadores e beneficiados com as práticas/tecnologias precisam entender o que está acontecendo. Precisa ser intuitivo, precisa ser pouco (ou nada) elitista, precisa ser para todo mundo compreender.

O grande pulo do gato é perceber que a área de Legal Ops e os departamentos jurídicos em geral estão atrelados a todas as demais áreas das corporações. Tudo passa e pode passar por lá.

E quando se fala em “todas as áreas”, não podemos perder de vista essa sensação dos dois parágrafos anteriores: precisamos de práticas intuitivas e fáceis de entender. Sem franzir a testa, de ser humano para ser humano.

Desejo que em 2025 nossa lista de resoluções inclua: ser boa em IA, mas ser melhor ainda em aperto de mão!

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