Por Allana Martins
O título deste artigo está muito conectado com o meu momento ao redigir este texto: quais são as minhas ideias para escrever o conteúdo? Qual pilar editorial vou abordar? Qual o título?
Estamos diante de um paradoxo da comunicação: a acessibilidade digital com múltiplos conteúdos em redes sociais, grupos, comunidades, eventos, cursos e podcasts; e ao mesmo tempo como filtrar esses dados, o que consumir primeiro, o que não faz sentido para o aprendizado atual, o que priorizar…
Diante desse cenário o ponto chave é ter estratégia. Rever quais abordagens estão suscintas, quais grupos faz sentido mantermos com priorização e foco para que as assimilações sejam abordadas com real entrega e significância.
Todas essas formas de aprendizado e atualizações nos trazem inputs, que geram outputs e se transformam em insights. Assim vamos aguçando nossa criatividade, com repertório para a produção de soluções, produtos e serviços que estejam vinculados aos negócios e projetos.
Felizmente contamos com a tecnologia para auxiliar nesse banco de dados que não estão guardados somente no mundo das ideias. São ferramentas que utilizam IA generativa para produção de materiais desde documentos, petições, contratos, até músicas, imagens e postagens de marketing; esclarecimentos de dúvidas vinculados com leitura e análises de documentos; comunicação em real time; cadastros automatizados; criação de relatórios; e a listagem é ilimitada.
Na era da inteligência artificial a célebre frase de Sócrates “Só sei que nada sei” é certeira quando pensamos no cenário digital que estamos caminhando. Porém, temos o suporte de análises preditivas e diagnósticas sobre os rumos que podemos encontrar no futuro.
Nessa jornada identificamos indagações e dúvidas que efetivamente farão com que as próximas etapas sejam construídas. É por meio desses questionamentos que também desenvolveremos nossa criatividade, nos provocando a repensarmos formas de execução das atividades.
O jurídico precisa intensamente acompanhar as tendências para soluções mais inovadoras e conectadas com as necessidades do mercado. Trata-se de uma integração colaborativa entre escritórios, departamentos e startups para a vinculação do combo necessidade, possibilidade e adequações.
Como chegar nessas respostas sem criatividade? Não parece crível inovar e repensar fluxos, sem sair do status quo e entender os cenários possíveis. Como ser mais disruptivo mantendo vínculo com a cultura dos negócios? Alinhar os negócios à inovação é possível através da promoção do engajamento entre as partes com treinamentos e divulgação de materiais; além disso, é preciso reforçar a importância de todos os envolvidos, apontando os possíveis resultados e como o ambiente colaborativo gerará bons frutos.
Ao pensarmos sobre criatividade muitas janelas podem ser exploradas com contribuições específicas para cada setor. É fundamental entender os níveis de maturidade. Evidente que cada jurídico está em uma fase e pode surgir o FOMO (Fear Of Missing Out – a vontade de consumir muitos dados, aprendizados e referências), entre os profissionais e setores. Para driblar essa sensação, são necessários os fluxos e delineação de projetos.
Nesse aspecto as metodologias ágeis vão auxiliar no planejamento, pois é mais dinâmico e agregador verificar cada degrau, porém pensando na escada toda. Projetos são feitos de organização e comunicação, com times envolvidos, acompanhamentos constantes e foco no resultado. No entanto, para alcançar essa fase, outras são primordiais para a retroalimentação da execução. Após as entregas devem ser verificados os feedbacks e a revisão de melhorias contínuas.
Nesse aspecto que exercitamos a criatividade, com posicionamento e mapeamento de oportunidades. Lembrando que as ferramentas da IA precisam dos comandos e formas de trabalhar dos humanos. Por mais desenvolvimentos que sejam aplicados para treinamento das máquinas, a essência humana ainda estará vinculada.
Podemos ter tecnologias cada vez mais criativas? Sim! Quando chegaremos nesse nível? Paulatinamente, treinando a nossa criatividade para alimentação destas. Como sermos mais criativos? Nos permitindo absorver conteúdos diversos, com autoconhecimento e pausas necessárias. Por que devemos investir em criatividade? Estamos em um mundo hiperconectado e precisamos nos aproximar da tecnologia para sermos mais ágeis, flexíveis e interessados. O que esperar? Onde vamos parar? O futuro vai nos dizer. Quanto custa ser criativo? Investimento de tempo, interesse e disponibilidade. Quem poderá nos ajudar? O primeiro passo começa com a curiosidade e a investigação de como sermos melhores no que já fazemos, analisando os pontos fortes e em desenvolvimento.
Como já diz o título do livro “Transformação Jurídica: criatividade é comportamento… inovação é processo”. Estamos diante de uma jornada, que a cada dia vai se concretizando e se redesenhando no caminho de fazermos mais com menos e melhor!