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Os desafios de empreender e gerir seu escritório de advocacia (parte 3)

Por Luciene Rodighero dos Santos

 

 

Na trilha da nossa série de artigos sobre os desafios de empreender e gerir seu escritório, hoje apresento a importância dos investimentos, tanto para empreender e montar seu novo escritório quanto para geri-lo, para que o futuro tenha menos percalços e surpresas e, também, que você consiga implementar a estratégia contando com os investimentos que foram programados e vislumbrar o crescimento do seu escritório.

Eu costumo citar como exemplo o período mais crítico da pandemia da Covid-19, que foi entre os anos 2020 e 2021. Muitos escritórios não estavam preparados financeiramente – sem qualquer tipo de reserva para emergências – para esse período e tiveram que demitir colaboradores, deixar de pagar fornecedores ou mesmo de implementar novas ações, pois não sabiam o que aconteceria no futuro.

Por isso ter fundos de reserva e investimentos é uma prática tão importante para seu escritório e para o seu sucesso.

A seguir alguns pontos para reflexão, com dicas de como implementar essa prática, considerando dois momentos: a montagem de um novo escritório e um escritório em operação:

Ao desejar montar o seu escritório você precisa – com antecedência – levar em consideração:

  • Ter um fundo de reserva para o início das operações, tendo em vista que você fará, mesmo que modestos, investimentos para fazer essa implementação: sede própria/alugada, coworking, custos com OAB, com contador etc.;
  • Capital de giro (parte desta reserva inicial) para pagamento das despesas que realizará desde o início. O novo escritório, mesmo que sendo um investimento, precisa ter um planejamento, para que essa manutenção mensal da banca se pague;
  • Qual receita espero ter nesse início de escritório? Quando começará a emitir esse faturamento, que depende da abertura formal do escritório junto à OAB? Responder essa pergunta será muito importante para saber quanto de investimento será necessário até que a operação se inicie e o escritório se pague;
  • Investimentos em Tecnologia da Informação:
    • Servidor na nuvem ou local;
    • Firewall;
    • Compra de equipamento x locação (exemplo laptop´s);
    • Licenças oficiais: Microsoft, e-mail etc.
    • Telefonia: por protocolo IP entre outras;
    • Aquisição de um sistema jurídico integrado com o financeiro: adequado ao bolso e ao momento do escritório;

Para os escritórios já em operação:

  • Tenha um fundo de reserva para emergências, principalmente para cobertura do fluxo de caixa caso tenha uma inadimplência de cliente;
  • Fazer um fundo de reserva para:
    • Pagamento de bonificações dos integrantes;
    • Por segurança, para ter pelo menos de 3 a 6 meses de operação do escritório. Lembre-se do que citei sobre a situação da pandemia.
  • Para investimentos:
    • Desenvolvimento de uma nova área de atuação – investimento até que a área se desenvolva e se pague;
    • Participação em congressos nacionais e internacionais;
    • Investimentos em tecnologia, como por exemplo em inteligência artificial, aquisição ou troca de sistemas etc.;
  • Para desenvolvimento do escritório:
    • Em recursos humanos: treinamento e desenvolvimento da equipe;
    • Contratação de consultorias especializadas para ganho de produtividade:
      • Consultoria em finanças e estratégica;
      • Consultoria em marketing;
      • Consultoria em recursos humanos;

Por segurança, caso atue no contencioso, faça um investimento na contratação de um Seguro de Responsabilidade Civil.

Como disse a ideia não é esgotar o assunto, mas deixar muito claro que, a falta desse recurso de segurança pode – de fato – comprometer a perenidade do escritório.

Nos próximos artigos continuaremos tratando dos desafios de empreender e gerir seu escritório. Portanto, não perca!

Um abraço e até o próximo artigo!

Luciene Rodighero dos Santos

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