O governo federal coordenou um estudo com a consultoria Deloitte com a finalidade de preparar o ecossistema 5G no Brasil e acelerar a adoção da tecnologia. O estudo tem como objetivo avaliar as melhores práticas adotadas nos países referências em 5G e inovação.
O estudo foi realizado entre julho e agosto de 2021 em países representativos com maturidade em inovação e em 5G. Como critério de maturidade em 5G foram analisados temas como a situação da implementação da tecnologia 5G, o estágio do leilão, a quantidade de testes realizados, a quantidade de operadoras com operação em 5G, o percentual do território coberto, a presença de empresas fortes na tecnologia do 5G e o cenário de softwares, dentre outros.
Como critério de inovação utilizou-se ranques internacionais de inovação como o Bloomberg Innovation Index de 2021 e o Global Innovation Index que consideram aspectos como a atividade de patentes, a concentração de pesquisadores, a educação de nível superior, a concentração de empresas de tecnologia, o índice de produtividade, o percentual da manufatura de alto valor agregado no PIB e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
Com as informações levantadas no benchmarking dentre os países selecionados observa-se a existência de dois grupos: Um grupo composto por países promotores do 5G e um grupo de países pioneiros na adoção do 5G. Também é possível observar que o sucesso no 5G ocorre em função de aspectos culturais, econômicos, políticos, geográficos, tecnológicos, dentre outros.
Os países promotores da tecnologia 5G estão na vanguarda dessa tecnologia e são considerados os líderes globais, a saber: Coreia do Sul, Japão e China, sendo a Coreia do Sul o primeiro a implementar a tecnologia 5G e até 2025 deve ter 60% da sua população conectada e os países adotantes da tecnologia 5G estão no top 20 da inovação no mundo liderando o desenvolvimento de novas aplicações utilizando a tecnologia que são os Estados Unidos, Suécia, Israel, Alemanha, Reino Unido, Irlanda, Singapura, Suíça, Dinamarca, Finlândia, Holanda, Áustria. Além da Noruega, França, Bélgica, Itália e Austrália.
E no mundo jurídico, quem são os promotores do 5G e quem são os adotantes? E quais serão os impactos no mercado jurídico? O que pode ser observado é que os escritórios devem continuar investindo em tecnologia e automação de processos para enfrentar novas questões que irão surgir à medida que as inovações e a maior mobilidade vão sendo alcançadas por meio do acesso à internet rápida.
Os carros autônomos, a conectividade no campo, o uso de drones, controles automatizados de produção, safra, agronegócios, a gestão de energia orientada pela análise de dados, os jogos virtuais de videogame, as transações em meio eletrônico, o setor elétrico, a agilidade nos diagnósticos para os serviços da saúde, as teleconsultas, as intervenções cirúrgicas à distância, tudo isso resultará em demandas jurídicas complexas, incluindo necessidade de regulação, questões sobre responsabilidade civil, concorrência e proteção de dados.
Como você está se preparando para surfar essa onda da virada tecnológica? Você será um promotor na utilização da tecnologia 5G ou será um adotante da tecnologia 5G? Quais são as suas expectativas, como você tem avançado nesse cenário do 5G?